A soja é a cultura mais importante para o agronegócio mundial. O Brasil tem grande participação no plantio, produção e comercialização do grão, ocupando a segunda posição no mercado mundial, atrás apenas do Estados Unidos. Segundo a Companhia Nacional do Abastecimento (CONAB), a produção de soja na safra de 2018/2019 atingiu 115 milhões de toneladas, alcançando cerca de 35.874,1 milhões hectares de área plantada.
Encontrado em diversas regiões de clima quente do país, Euschistus heros (percevejo-marrom) é considerada a principal praga para a cultura de soja no Brasil, e seu ataque pode provocar extensos e irreversíveis danos a esta cultura. Esses insetos alimentam-se nas hastes e grãos, onde os danos são mais significativos. A severidade do ataque aumenta quando as ninfas atingem o terceiro ínstar de desenvolvimento. Além disso, durante a sucção de seiva, injetam toxinas na planta, que provocam a retenção foliar, sintoma também conhecido como “soja louca”; prejudicando a colheita e a qualidade dos grãos produzidos.
O controle da praga é difícil e um grande desafio, sendo uma das principais táticas o uso de produtos químicos sintéticos. Diante disso, torna-se necessário entender e aplicar as estratégias de manejo de resistência, visando minimizar o risco da seleção de indivíduos resistentes. Dentro do contexto de controle químico, é recomendado rotacionar inseticidas com grupos químicos distintos ao longo do ciclo da cultura.
Sabendo disso, o IRAC-BR, com a colaboração do pesquisador Daniel Sosa-Gómez, da Embrapa Soja, desenvolveu o folder “Manejo da Resistência do Percevejo-marrom a Inseticidas”, que traz informações sobre o ciclo de vida da espécie, níveis de controle, estratégias para o manejo e recomendações de aplicação. O material é gratuito e está disponível para download em nosso site, na página “Folhetos”. Acesse agora mesmo!