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Resistência metabólica: estratégia de sobrevivência


A lagarta Helicoverpa armigera é uma das principais pragas de culturas. Possui ampla distribuição geográfica (Ásia, Europa, América do Sul, Oceania, África) e alto potencial de destruição. Causa sérios prejuízos econômicos para o país, principalmente, às lavouras de soja, feijão e algodão. Mais de 50 espécies vegetais podem hospedar essa espécie.


A pulverização indiscriminada de inseticidas visando o controle de pragas favorece condições para a seleção de indivíduos resistentes a esses inseticidas. Os principais mecanismos fisiológico-bioquímicos de resistência a inseticidas estão relacionados ao aumento da destoxificação metabólica, à insensibilidade do sítio de ação do inseticida e/ou à redução na penetração cuticular.


Estudo feito na China evidenciou que enzimas carboxilesterases estão envolvidas na desintoxicação de xenobióticos e estão associados à resistência a piretroides e organofosforados em Helicoverpa armigera. Para que isso ocorra, é necessário que haja a superexpressão do gene de interesse para aprimorar o sequestro das moléculas de inseticida.


As enzimas esterases agem hidrolisando as ligações ésteres dos inseticidas e sequestrando-os mais rapidamente do que são metabolizados, consequentemente, age impedindo que os compostos cheguem ao local de ação.


Um dos prováveis centros de origem das populações de H. armigera que tem ocorrido em territórios brasileiros é a China, além de Paquistão, Índia e países da Europa. Portanto, o mecanismo metabólico de resistência a piretroides e organofosforados detectado em populações de H. armigera na China pode estar presente em populações de H. armigera no Brasil, justificando os insucessos no controle desta praga com o uso de alguns insetiticidas piretroides e organofosforados.



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